segunda-feira, 11 de junho de 2007

Logística: Uma Forma Diferente de Pensar


Nesta década, o papel da logística no negócio aumentou tanto em escopo quanto em importância estratégica.
Integração da cadeia de suprimentos, resposta rápida, gerenciamento do inventário com o Kanban, filosofia Just-in-Time revolucionaram não somente a forma pela qual as empresas gerenciam suas atividades logísticas, mas, também, como gerenciam todo o seu negócio.
As estratégicas logísticas influenciam no projeto do produto, nas parcerias, nas alianças e na seleção de fornecedores e outros processos vitais de negócios.
Este artigo desenvolve três idéias básicas. Primeira, a logística desempenhará um papel crucial na empresa de manufatura ágil.
Devido a sua habilidade de se ampliar em múltiplas funções e fronteiras da organização, a logística está posicionada para se tornar a nova inteligência da empresa - coordenando e integrando todas as atividades ao longo da cadeia de suprimentos.
Segundo: este novo papel da logística coloca-a numa posição única de ser capaz de criar valor ao cliente e, como resultado, uma oportunidade para diferenciar produtos no mercado.
Finalmente, a habilidade da logística em satisfazer ao seu novo papel, à medida que a nova inteligência da empresa exigirá o desenvolvimento de novas infra-estruturas logísticas e a adoção de novas práticas logísticas. O principal papel desta infra-estrutura será integrar as funções logísticas e da manufatura num único sistema estratégico focalizado no cliente.
Duas questões fundamentais estão mudando o novo pensamento sobre como gerenciar o fluxo de informações e de materiais na nova empresa globalizada, seja em Bangcoc ou em Resende. A primeira é o desafio imposto pela necessidade de movimentar produtos e materiais mais rapidamente e de modo confiável em relação a maiores distâncias entre a empresa e os clientes. Para produtos complexos, como automóveis, as distâncias pelas quais grandes volumes de peças, materiais e produtos acabados precisam ser transportados podem ser muito grandes.
Há, agora, uma multiplicidade de fontes e destinos aos materiais, à medida que fluem pela empresa. Os materiais não mais fluem de forma linear do fornecedor ao cliente. Os materiais agora fazem o circuito ao redor do mundo.
A segunda questão é o desafio de gerenciar o estoque dos clientes junto com seus programas de produção. Atualmente, poucas empresas se dão ao luxo de ter uma base de clientes estáveis, algo que as alianças estratégicas exigem cada vez mais.
Movimentar produtos, serviços e informações é somente um aspecto da logística de hoje. Seu novo papel mais amplo é o da integração e coordenação. A logística precisa gerenciar uma variedade de funções empresariais disparatadas, como transporte, distribuição e tecnologia de informações, a fim de otimizar a produção e a entrega de produtos aos membros mundiais da cadeia de abastecimento.
À medida que os recursos produtivos estão cada vez mais dispersos pelo globo, a logística torna-se a inteligência da empresa. Seu papel é coordenar as competências e a distribuição num único recurso produtivo. Resumindo, a logística é o que fará a nova empresa de manufatura funcionar.

Reinaldo A. Moura,
diretor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.
Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br

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